Israel atacou as forças do regime no sul da Síria na segunda-feira, causando danos, mas sem vítimas, informou a mídia estatal síria.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, os ataques tiveram como alvo baterias de mísseis nos arredores da cidade de al-Ba’ath e no vilarejo de al-Krum, em Quneitra Governorate, no sudoeste da Síria.
Como de costume com relatos desse tipo, não houve comentários dos militares israelenses.
O ataque de segunda-feira foi o primeiro atribuído a Israel na Síria desde que o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett e o presidente russo, Vladimir Putin, se encontraram em Sochi, na Rússia, na semana passada.
A Rússia envolveu-se militarmente na guerra civil síria em 2015, buscando estabilizar o regime do presidente sírio Bashar Assad. Israel também atua no país, onde conduziu várias operações na tentativa de impedir o Irã de se entrincheirar. Sob o predecessor de Bennett, Benjamin Netanyahu, a Rússia e Israel estabeleceram um canal de desconflicção para evitar contratempos militares, e o Kremlin prometeu entendimento para as principais preocupações de Israel sobre o entrincheiramento iraniano.
Israel insiste que sua margem de manobra operacional na área seja mantida, especialmente enquanto o Irã tenta apertar seu controle sobre a Síria. Em linha com a determinação de Jerusalém de que não permitirá qualquer presença iraniana perto de sua fronteira norte, o IDF até agora tem como alvo centenas de ativos iranianos na Síria.
Durante a reunião em Sochi na sexta-feira, Putin e Bennett concordaram que as duas nações continuariam a manter o mecanismo de deconflição.