Apesar da confirmação, a Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) destaca que Teerã não está armazenando a substância radioativa.
A OIEA confirmou em um relatório que o Irã está elevando os níveis de enriquecimento de urânio em sua instalação nuclear em Natanz, algo que Teerã já havia informado.
O relatório, citado pela Reuters, indica que a OIEA planeja “aumentar a frequência e a intensidade de suas atividades de proteção” relacionadas com a decisão do Irã de ampliar o uso de urânio enriquecido a 20% em mais centrífugas, onde já enriquece até 60%.
No entanto, o relatório ressalta que Teerã não está armazenando a substância radioativa.
A OIEA detalhou que recentemente Teerã alertou sobre as mudanças realizadas na configuração de Natanz, onde pretende alimentar urânio enriquecido até 20% em um número limitado de centrífugas adicionais sem recolher o produto.
O Reino Unido, a Alemanha, a China, a Rússia, os EUA, a França e o Irã assinaram em 2015 o JCPOA, que garantia o cancelamento das sanções em troca da limitação do programa nuclear do Irã.
No entanto, sob a então presidência de Donald Trump (2017-2021) os EUA saíram do acordo em 2018 e impuseram sanções ao país persa, levando o Irã a começar a contornar gradualmente os termos do acordo em 2019. Apesar de Joe Biden assumir a presidência dos EUA em janeiro de 2021 e retirar algumas sanções, ele também impôs novas restrições às transações com Teerã, sem mudar significativamente a situação.