A Coreia do Norte pode obter todo o urânio de que precisa para armas nucleares em sua usina de Pyongsan, e imagens de satélite de pilhas de resíduos sugerem que a produção norte-coreana de combustível nuclear pode ser muito maior do que é, segundo novo estudo.
De acordo com pesquisa publicada na revista Science & Global Security por pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) e uma empresa de consultoria em mineração com sede no Arizona, a Coreia do Norte pode ser capaz de aumentar a produção e não precisa de outras usinas de urânio, segundo Reuters.
“Está claro que a RPDC [República Popular Democrática da Coreia] parece ter substancialmente mais capacidade de trituração da usada até agora”, lê-se no relatório, que ainda escreve significar “que a RPDC pode produzir quantidades muito maiores de urânio natural triturado se desejar”.
A usina de concentração de urânio de Pyongsan e sua mina são a única fonte publicamente reconhecida de bolo amarelo, ou minério de urânio, da Coreia do Norte, de acordo com analistas.
“Considerando o programa nuclear ativo da RPDC, é de extrema importância avaliar e entender a capacidade norte-coreana de produção de materiais nucleares”, escreveram os autores do relatório.
Estas capacidades determinam a taxa em que a Coreia do Norte pode expandir seu arsenal nuclear, determinam a magnitude da ameaça à segurança internacional e o desafio do desarmamento nuclear potencial e medem a capacidade norte-coreana de abastecer seu futuro programa de energia nuclear, revela o relatório.
O bolo amarelo da mina e da usina é o componente-chave da produção de combustível nuclear da Coreia do Norte, incluindo seu reator de cinco megawatts, que é considerado ser capaz de produzir plutônio para armas.
A Agência Internacional de Energia Atômica e outros analistas relataram uns meses atrás que o reator parecia estar operando pela primeira vez desde 2018.