O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse na segunda-feira que seu país analisará a possibilidade de atacar bases inimigas como parte da estratégia de defesa nacional, informa o The Mainichi.
“Para salvaguardar as vidas e meios de subsistência das pessoas, examinaremos todas as opções, incluindo a capacidade de atacar as bases inimigas … e fortalecer nossa postura de defesa principalmente com um senso de velocidade”, disse Kishida durante seu discurso à Dieta Nacional. do país (parlamento), acrescentando que o ambiente de segurança “está se deteriorando rapidamente“.
Nesse sentido, o chefe do executivo destacou que ao longo de um ano está prevista a renovação dos três principais programas que formulam a política de segurança do país. Essas são a Estratégia de Segurança Nacional, as Diretrizes do Programa de Defesa Nacional e o Programa de Defesa de Médio Prazo, afirma a Reuters.
Em 27 de novembro, Kishida já recorreu à mesma retórica, garantindo que o Japão aumentará suas capacidades de defesa. Assim, em um discurso na base de Asaka (Tóquio) da Força de Autodefesa Terrestre do país, ele expressou sua preocupação com os avanços no desenvolvimento de mísseis pela Coréia do Norte, bem como com o poderio militar da China.
Em particular, Kishida disse que o Japão não pode ” ignorar o recente desenvolvimento e refinamento [da Coréia do Norte] de novas tecnologias, como armas planadoras hipersônicas e mísseis com órbitas irregulares”. Além disso, ele enfatizou que Pequim continua a fortalecer suas forças armadas “sem transparência suficiente”, bem como empreende “tentativas unilaterais de mudar o ‘status quo’ ” na região.
Enquanto isso, a ideia de que a Força de Autodefesa Terrestre (JGSDF) do país possa atacar bases estrangeiras pode ir contra a atual Constituição, que, entre outros pontos, proclama a renúncia à guerra como um direito soberano, o que implica certas restrições.