Moscou instou Washington a dar uma resposta imediata às propostas russas de garantias de segurança, ressaltando que as relações russo-americanas seguem se deteriorando.
Konstantin Gavrilov, chefe da delegação russa nas negociações sobre segurança e controle de armas em Viena, declarou que Moscou não permitirá em nenhuma circunstância a implantação da infraestrutura da OTAN na Ucrânia e na Geórgia.
“Julgo que sim, ou a resposta será completamente diferente”, disse o diplomata no canal Solovyov Live no YouTube, confirmando que sob circunstância alguma a Rússia se deixará “ir na conversa” e permitirá que a Aliança implante sua infraestrutura na Ucrânia e na Geórgia.
Gavrilov observou mais uma vez que a Rússia exige uma resposta urgente do bloco relativamente às suas propostas.
“Acho que eles não pensam que estamos blefando, mas é bem possível e quase certo que nos tentem enrolar sobre a questão. Mas o tempo não espera. Estamos aguardando passos concretos e reais para atender às preocupações russas. Chegou a hora”, afirmou.
Ele disse também que é muito cedo para falar sobre as ações da Rússia se a Aliança recusar as propostas, mas observou que a possível resposta “será técnico-militar se não restarem outros argumentos”.
“A decisão de quando fazer e o que fazer será tomada pela liderança do país com base na análise de todas essas respostas e declarações e, o mais importante, das ações dos chamados nossos parceiros”, notou Gavrilov.
Na sexta-feira (17) o Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou na sua página oficial dois projetos sobre garantias de segurança entre a Rússia, EUA e OTAN, que foram entregues a autoridades norte-americanas em uma reunião realizada na semana passada.
Entre outras disposições, a proposta estabelece que o bloco não deverá se expandir para leste e não criará bases militares nas antigas repúblicas soviéticas.