Segundo especialistas, o objetivo do documento que marca o início dos exercícios militares deste ano é garantir a segurança e o desenvolvimento do território nacional e proteger sua soberania.
O presidente chinês, Xi Jinping, assinou na terça-feira (4) uma nova ordem de mobilização militar que vai reger os próximos treinamentos das Forças Armadas da República. Diante do atual cenário internacional, o presidente pediu, entre outras medidas, o redobramento de esforços para combinar de forma mais eficaz o treinamento de militares com as missões de combate, conforme a primeira diretriz da Comissão Militar Central (CMC) da China.
“As Forças Armadas devem acompanhar atentamente a evolução da tecnologia, de seus rivais e da arte da guerra, redobrar seus esforços para melhor combinar o treinamento com as operações de combate e reforçar o treinamento sistemático e o uso de tecnologias para desenvolver uma força de elite capaz de lutar e ganhar guerras”, diz a ordem citada pela agência de notícias Xinhua.
“Todos os oficiais e soldados devem manter o espírito de não temer nem a morte, nem as privações, e conduzir o treinamento de maneira enérgica, bem organizada e segura para aprimorar suas capacidades de comando e combate e promover uma conduta excelente”, indica a diretriz.
Segundo especialistas, o objetivo do documento, que marca o início da formação militar este ano, é garantir a segurança e o desenvolvimento do território nacional, bem como proteger a soberania apesar de todas as alterações possíveis, indicam os meios de comunicação locais.
“Seja o mar do Sul da China, o estreito de Taiwan, Hong Kong ou as regiões autônomas Uigur de Xinjiang e do Tibete, desde que seja o território da China, ou em caso de qualquer assunto relacionado aos seus interesses de desenvolvimento, a China os protegerá firmemente. Nosso objetivo estratégico de fortalecer o Exército não mudará”, disse o especialista militar chinês Song Zhongping ao Global Times na terça-feira.
Soberania e controle
A China tem enfrentado duras críticas do G7 sobre a situação do sistema político em Hong Kong. O grupo alega que as regras chinesas diminuem a liberdade de escolha da população e evidenciam um controle de Pequim sobre quem pode ou não participar dos processos eleitorais.
O controle político, dentre o histórico envolvendo as manifestações democráticas, culminou na prisão de um jornalista “pró-democracia”, em dezembro, e na condenação de uma jovem ativista, a 15 anos de prisão, por convocar uma vigília em memória aos mortos no massacre da Praça da Paz Celestial em Pequim, na China.
Em paralelo, Taiwan tem realizado exercícios militares em resposta a Pequim e suas constantes movimentações para demonstrar força diante da crise diplomática.