Presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, declarou nesta segunda-feira (17) que para fevereiro está sendo programada a realização de um exercício conjunto entre as forças armadas russas e belarussas.
“Planejamos iniciar treinamentos em fevereiro. Definam a data exata, informem, para que não sejamos acusados que de repente concentramos tropas, que quase estamos prestes a começar uma guerra”, disse Lukashenko durante um discurso sobre a ideia de realizar um exercício operacional conjunto entre os países, citado pela agência estatal Belta.
A agência acrescentou que os ministros da Defesa da Rússia e Belarus, Sergei Shoigu e Viktor Khrenin, respectivamente, elaboraram o conceito de um exercício militar conjunto.
As manobras começarão em fevereiro. Segundo Khrenin, todas as questões com o lado russo foram debatidas, a data final ainda está sendo determinada. Informa-se que exercício conjunto será conduzido nas fronteiras sul e oeste da República de Belarus.
Além do mais, Moscou e Minsk vão realizar uma inspeção surpresa dos seus meios e forças de resposta, declarou Pavel Muraveiko, vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Belarus.
Segundo ele, o aumento do contingente militar perto das fronteiras belarussas é motivo de preocupação e requer uma resposta objetiva.
“Esta reação será absolutamente adequada e transparente. Junto com os nossos colegas russos, realizaremos uma inspeção surpresa às forças e meios de resposta da União. Na fase final deste evento terá lugar um exercício de treinamento cujo nome já é conhecido – Determinação da União 2022”, disse o militar citado pela Belta.
Presidente belarusso declarou ainda que na Polônia estão presentes em forma rotativa até 10.000 soldados dos EUA.
“No território da Polônia e dos países bálticos, em forma rotativa, há entre 8.000 a 10.000 militares dos EUA”, disse.
Segundo a agência Belta, Lukashenko declarou que perto das fronteiras do país com a Polônia e os Países Bálticos estão concentrados mais de 30.000 militares, além de equipamentos e armamentos, e que Varsóvia tinha solicitado à OTAN para implantar um sistema escalonado de logística e suporte técnico de retaguarda perto da fronteira belarussa.