Diante da chegada das tropas russas a Kiev neste sábado (26), o Ministério da Defesa ucraniano chamou a população a resistir. “Pedimos aos cidadãos que nos informem dos movimentos das tropas, que fabriquem coquetéis Molotov e neutralizem o inimigo”, exortou. Civis alistados nas brigadas de “defesa do território”, identificados com braçadeiras amarelas, são onipresentes em toda a capital.
Diante da chegada das tropas russas a Kiev neste sábado (26), o Ministério da Defesa ucraniano chamou a população a resistir. “Pedimos aos cidadãos que nos informem dos movimentos das tropas, que fabriquem coquetéis Molotov e neutralizem o inimigo”, exortou. Civis alistados nas brigadas de “defesa do território”, identificados com braçadeiras amarelas, são onipresentes em toda a capital.
“Eles distribuíram rifles, carregaram para nós e aqui estamos”, diz Yuri Kortshemni, que nunca havia segurado uma arma nas mãos antes de se juntar a um batalhão de civis pronto para defender Kiev metro a metro do inimigo russo.
Em plena invasão de seu país, quando as primeiras forças russas precisaram de menos de 48 horas para se infiltrar na capital, o historiador de 35 anos não hesitou.
Dezenas de homens de seu bairro o acompanharam para receber um fuzil Kalashnikov em um ponto de distribuição, um caminhão militar cheio de caixas de armas, explica.
Deputada incita mulheres a pegarem em armas
A deputada ucraniana Kira Rudikpostou ima foto sua no Instagram segurando uma Kalashnikov, dizendo que está aprendendo a manipular a arma. “Parece surreal que há alguns dias eu nunca pensaria nisso”, diz a deputada, exortando as mulheres ucranianas a defenderem o território ucraniano “da mesma maneira que os homens”.
No Facebook e na mídia, o Ministério da Defesa multiplica os pedidos de alistamento emergencial nas brigadas de “defesa territorial”, instituição criada em 2015 para reforçar o exército regular.
Atualmente, basta ter entre 18 e 60 anos e ter passaporte para servir. Nenhum treinamento é necessário.
“Eles nos deram armas em um escritório de alistamento militar. Agora, a situação é tal que não podemos esperar pela convocação”, explica outro voluntário, Volodimir Moguila.
O eletricista, já com certa idade e o rifle balançando no casaco, rola um pneu velho pela beira de uma estrada para reforçar uma barricada improvisada ao lado de um tanque ucraniano.
Fonte: RFI.