Com acordo nuclear se aproximando, Gantz implora ao mundo que se ‘mobilize’ contra o Irã

Mas as negociações ficaram paralisadas devido às tensões entre a Rússia e o Ocidente sobre a invasão da Ucrânia no final do mês passado. No sábado, a Rússia exigiu “garantias ao menos no nível do secretário de Estado” de que as sanções dos EUA não afetariam as interações de Moscou com Teerã. Isso colocou em questão os meses de negociações realizadas até agora para restaurar o acordo de 2015, que viu o Irã concordar em limitar drasticamente seu enriquecimento de urânio em troca do levantamento das sanções econômicas.

No domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chamou a demanda russa de “irrelevante”, já que o acordo nuclear e as sanções contra Moscou pela guerra na Ucrânia eram “totalmente diferentes”.

O acordo original de 2015 deu alívio às sanções ao Irã em troca de restrições em seu programa nuclear, mas os EUA se retiraram unilateralmente em 2018 sob o então presidente Donald Trump, que reimpôs pesadas sanções econômicas.

Isso levou o Irã a começar a reverter seus próprios compromissos e a enriquecer urânio a um nível de pureza a apenas um pequeno passo técnico do que é necessário para produzir armas nucleares.

Israel pediu à comunidade internacional que use mais pressão sobre o Irã e mantenha uma ameaça militar na mesa, mas fez pouco progresso concreto.

Na segunda-feira, o líder da oposição Benjamin Netanyahu acusou Gantz, o primeiro-ministro Naftali Bennett e o ministro das Relações Exteriores Yair Lapid de estarem “silenciosos” sobre o acordo com o Irã.