A situação humanitária continua a piorar nas principais cidades ucranianas sob ataque da Rússia, que anunciou neste domingo (20) que utilizou mísseis hipersônicos pela segunda vez. “Um grande estoque de combustível foi destruído por mísseis de cruzeiro ‘Kalibr’ disparados do Mar Cáspio, bem como por mísseis balísticos hipersônicos disparados pelo sistema ‘Kinjal’ do espaço aéreo da Crimeia”, informou o ministério da Defesa russo em comunicado.
Este último ataque ocorreu na região de Mykolaiv, disse o ministério, sem especificar a data. O alvo destruído, observou, foi “a principal fonte de abastecimento de combustível para veículos blindados ucranianos” implantados no sul do país.
Esses mísseis pertencem a uma família de novas armas desenvolvidas pela Rússia e que seu presidente, Vladimir Putin, descreve como “invencíveis”.
Os mísseis hipersônicos
A Rússia intensificou no sábado (19) sua ofensiva na Ucrânia e disse ter usado, pela primeira vez, mísseis hipersônicos Kinzhal. O primeiro ataque, de acordo a agência estatal Ria Novosti, teve o propósito de destruir um local de armazenamento de armas no oeste da Ucrânia. A seguir, entenda por que os mísseis hipersônicos são considerados mais destrutivos e perigosos que mísseis comuns:
- Lançados de caças MiF-31, têm capacidade de atingir alvos a 2 mil quilômetros de distância
- Atingem velocidade dez vezes maior que a do som e viajam a 6 mil quilômetros por hora
- São capazes de realizar manobras.
- Esse tipo de míssil desafia todos os sistemas de defesa antiaérea.
- A Rússia nunca havia informado sobre o uso deste míssil balístico em nenhum dos dois conflitos em que participa – Ucrânia e Síria.
Escola bombardeada
Em Mariupol, uma cidade estratégica no sudeste da Ucrânia bombardeada há semanas e que sofre com falta de água, gás e eletricidade, as autoridades locais acusaram o exército russo de ter bombardeado no sábado uma escola de arte que servia de abrigo para várias centenas de pessoas, garantindo que muitos civis estavam presos sob os escombros.
“Os ocupantes russos lançaram bombas na escola de arte G12 localizada na margem esquerda de Mariupol, onde 400 habitantes – mulheres, crianças e idosos – haviam se refugiado”, informou a prefeitura da cidade portuária.
Fonte: AFP.