O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky pediu aos líderes mundiais presentes na cúpula extraordinária da Otan que fornecessem “ajuda militar irrestrita” ao país para o combate com a as tropas russas.
“Para salvar as pessoas e nossas cidades, a Ucrânia precisa de assistência militar sem restrições. Da mesma forma que a Rússia está usando todo o seu arsenal sem restrições contra nós”, pediu Zelensky em discurso realizado nesta quinta-feira (24).
Apesar do apoio recente de alguns países à Ucrânia, o líder do país subiu o tom ao criticar a forma como isso vem acontecendo.
“Vocês poderiam nos dar 1% de todos os seus aviões. 1% de seus tanques. Um por cento! Vocês têm pelo menos 20.000 tanques! A Ucrânia pediu que um por cento (200), um por cento de todos os seus tanques fossem doados ou vendidos para nós! Mas ainda não temos uma resposta clara”, falou.
Ao pedir por meios de parar os bombardeios, Zelensky comparou o poderio aéreo russo com o uso de armas de destruição em massa.
“Sua vantagem no céu é como o uso de armas de destruição em massa. E você vê as consequências hoje. Quantas pessoas foram mortas, quantas cidades pacíficas foram destruídas?”, declarou o presidente ucraniano.
Na visão de Zelensky, a Otan e os países envolvidos na cúpula podem ajudar mais ainda no combate à Rússia.
“A Aliança pode, mais uma vez, impedir a morte de ucranianos devido aos ataques russos, dando-nos todas as armas que necessitamos. A pior coisa durante a guerra é não ter respostas claras aos pedidos de ajuda”, concluiu em tom de tristeza.
Resposta da Otan
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse em entrevista coletiva após a cúpula que os líderes da Otan concordaram em cumprir com o envio de armas para a Ucrânia. Segundo ele, serão enviados suprimentos militares significativos, incluindo sistemas antitanque e de defesa aérea e drones.
Por outro lado, ele reiterou que os aliados da Otan não enviariam nenhuma tropa para o território ucraniano.
“Porque a única maneira de fazer isso é estar preparado para entrar em conflito total com as tropas russas”, disse Stoltenberg.
Por outro lado, o anúncio veio seguido da confirmação de novos grupos militares que farão exercícios em países membros da Otan. Esses novos grupos serão enviados para Eslováquia, Romênia, Bulgária e Hungria.
Fonte: G1.