De acordo com o jornal The Wall Street Journal, a China está acelerando o desenvolvimento de seu arsenal nuclear por considerar que os EUA estão representando cada vez mais uma ameaça.
Após analisar imagens de satélites da parte ocidental da China, os analistas, citados pelo WSJ, observaram que o país asiático intensificou os trabalhos em mais de 100 supostos silos de mísseis, que poderiam ser usados para abrigar projéteis com ogivas nucleares capazes de alcançar os EUA.
Grande parte destes silos podem abrigar os mísseis chineses de longo alcance DF-41, ressaltaram os analistas, que destacam que os testes de mísseis lançados por aeronaves, realizados por Pequim, dão ao país uma maior prontidão caso seja atacado com meios nucleares.
O jornal ainda ressalta que Pequim pode ter 1.000 ogivas até o final da década.
As autoridades chinesas destacam que um arsenal nuclear mais potente é uma maneira de dissuadir os EUA em caso de conflito em Taiwan.
“A implicação militar convencional em grande escala sobre Taiwan poderia levar rapidamente a uma ou outra parte a pensar que o uso de energia nuclear possa possivelmente melhorar a situação para seu lado”, afirmou Christopher Twomey, professor associado de Assuntos de Segurança Nacional na Escola Naval de Pós-Graduação dos EUA.
Fontes ligadas à liderança do país informaram que o país asiático teme que Washington possa tentar derrubar o governo chinês, após o endurecimento das políticas dos EUA contra a China sob as administrações de Trump e Biden.
Desta forma, Pequim acreditaria que elevar seu arsenal nuclear seja algo necessário para garantir seus interesses de segurança contra as possíveis ações e ameaças americanas.