Pelo terceiro ano consecutivo, a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA recomendou que a Índia seja colocada na “lista negra” ao lado de China, Rússia, Irã e outros.
A liberdade religiosa se deteriorou “significativamente” na Índia sob o governo do primeiro-ministro Narendra Modi, disse uma comissão dos EUA ao recomendar novamente sanções por abusos.
A Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA apontou para “numerosos” ataques a minorias religiosas realizados no ano passado, quando o governo de Narendra Modi promovia “sua visão ideológica de um Estado hindu“.
Foi o terceiro ano consecutivo em que a comissão parlamentar norte-americana pediu para que a Índia fosse colocada em uma lista de “países de particular preocupação“.
“As condições de liberdade religiosa na Índia pioraram significativamente”, disse o relatório.
Segundo informações do South China Morning Post, é provável que as punições sejam rejeitadas pelo Departamento de Estado.
O governo indiano, em anos anteriores, rejeitou as conclusões da comissão, acusando-as de parcialidade.
O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (25), e embora faça recomendações, não define a política dos EUA. Recentemente, o grupo apoiou a inclusão do Paquistão na lista negra pelo Departamento de Estado.
A comissão também recomendou adicionar o Afeganistão à lista negra após o triunfo do Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista), e incluir a Nigéria, que foi removida pelo governo de Joe Biden.
Os países da lista negra de liberdade religiosa do Departamento de Estado, que podem sofrer sanções, são: China, Eritreia, Irã, Mianmar, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Tadjiquistão e Turcomenistão.