O grupo terrorista palestino Hamas ameaçou no sábado retornar aos atentados suicidas e “queimar” cidades israelenses se Jerusalém retomar sua política de assassinatos seletivos de figuras terroristas de alto escalão.
“Vamos queimar as cidades no centro [do país] e lançar mísseis em Tel Aviv e Gush Dan se Israel agir em suas ameaças, aquelas que superam a imaginação do inimigo”, alertou o Hamas, segundo a emissora pública Kan, que cita o Estação de TV Al-Mayadeen, afiliada ao Hezbollah.
“O retorno dos assassinatos significa o retorno das operações explosivas dentro das cidades [israelenses]”, disse o Hamas a mediadores egípcios, fontes disseram a Al-Mayadeen.
A ala militar do grupo também emitiu uma ameaça de “resposta sem precedentes” e um “terremoto regional” caso Israel tente prejudicar qualquer um de seus principais líderes, especialmente o líder de Gaza, Yahya Sinwar.
A guerra de maio de 2021 entre os dois lados “será apenas um evento comum comparado ao que o inimigo testemunhará”, disse Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Izz al-Din al-Qassam.
Alguns legisladores e especialistas israelenses defenderam a morte de Sinwar em resposta à atual onda de terror, que ele incitou do enclave costeiro, e especialmente desde que três israelenses foram mortos em um ataque terrorista em Elad na quinta-feira.
Abu Obeida prometeu ainda que Israel pagaria em “sangue e destruição” por tal ataque.
A inteligência israelense realizou inúmeras operações de assassinatos seletivos ao longo dos 74 anos de história do país. O uso da ferramenta atingiu o pico durante a Segunda Intifada, quando as forças israelenses derrubaram líderes do Hamas na tentativa de estancar uma onda de ataques em cidades israelenses.