“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” Mateus 24:9
16 de agosto de 2019.
De acordo com o World Christian Database, 97,6% da população do Tajiquistão é muçulmana. A cultura tajique é dominada pelo islamismo desde que os mercadores árabes levaram a religião ao país no século 7, na época da expansão islâmica. O Tajiquistão ficou sob a União Soviética, cuja ideologia comunista promovia o ateísmo, de 1917 a 1991. Mas desde então, o Tajiquistão tem presenciado um aumento da prática religiosa.
Desde 2009, a escola Hanafi de islamismo sunita é a religião oficial do país. O Tajiquistão é a única ex-república soviética com uma religião oficial, sendo que 90% da população é de muçulmanos sunitas. A população cristã corresponde a apenas 0,7% dos habitantes. A maioria dos cristãos pertence a minorias étnicas, sobretudo russos. O número de cristãos caiu drasticamente nos anos 1990, devido à onda de emigração do Tajiquistão nos primeiros anos de independência.
Esse contexto histórico explica porque os dois tipos de perseguição que predominam no país são paranoia ditatorial e opressão islâmica. Nenhuma atividade religiosa fora das administradas pelo Estado ou por instituições controladas pelo Estado é permitida. Tem havido batidas policiais em reuniões cristãs seguidas de interrogatórios. É muito comum que membros de igrejas protestantes sejam considerados seguidores de uma seita estrangeira que visa debilitar o atual sistema político.
Perseguidos pelo governo e pelo ambiente islâmico
Se um tajique muçulmano se converte ao cristianismo, é provável que enfrente pressão e, ocasionalmente, violência física por parte dos familiares, amigos e comunidade local para forçá-lo a voltar à antiga fé. Alguns convertidos são trancados em casa pela família por longos períodos, agredidos e podem até mesmo ser expulsos da comunidade. Líderes religiosos locais pregam contra eles, aumentando a pressão.
Grande parte da perseguição aos cristãos no Tajiquistão parte de oficiais do governo, desde o governo central do país (que impõe legislação restritiva) até autoridades locais e a polícia, que invade reuniões, prende cristãos e confisca materiais religiosos. Outro mecanismo de perseguição é o ambiente muçulmano (família, amigos, comunidade e líderes religiosos locais) que se opõem ao fato de cristãos evangelizarem muçulmanos.
No país que ocupa 29ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, a Igreja Ortodoxa Russa está presente. As igrejas ortodoxas russas experimentam menos problemas por parte do governo, pois geralmente não fazem contato com a população tajique. A lei quanto à juventude deixou os cristãos em um limbo judicial, pois não deixa claro o que é permitido ou não.
O resultado de todo esse contexto de perseguição é que os cristãos ex-muçulmanos fazem todo o possível para esconder a nova fé, tornando-se cristãos secretos. Por isso, eles precisam de nossas orações e apoio para que sejam fortalecidos, mesmo sem terem acesso à comunhão do corpo de Cristo e a ensinamentos da palavra de Deus. Clame para que o Espírito Santo os sustente com a convicção de quem Jesus é, e que assim eles estejam dispostos a enfrentar tudo por amor a ele.
Fonte: Portas Abertas