A Rússia representa uma “ameaça direta” para a segurança dos países da Otan, que estão reunidos em Madri, afirmou Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança, que vai reforçar as posições no leste da Europa em resposta à invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
“Vamos falar claramente que a Rússia representa uma ameaça direta para nossa segurança”, disse Stoltenberg à imprensa.
Stoltenberg considera que a reunião de cúpula em Madri ser “histórica e transformadora” para a aliança criada em 1949, que enfrenta atualmente o desafio russo na Ucrânia.
“Nos reunimos em meio à crise de segurança mais séria que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou Stoltenberg.
A Otan iniciará a maior reforma de sua capacidade de defesa e dissuasão desde o fim da Guerra Fria, fortalecendo suas tropas na região leste da Europa, perto da Rússia, e aumentando consideravelmente suas tropas de alta disponibilidade.
Além disso, a organização voltará o olhar pela primeira vez ao desafio provocado pela força da China, na atualização de seu Conceito Estratégico, seu manual de ação e prioridades.
“A China não é uma adversária”, afirmou Stoltenberg.
“Mas, claro, temos que levar em consideração as consequências para nossa segurança quando vemos que a China investe muito em poder militar moderno, mísseis de longo alcance ou armas nucleares, e também tenta controlar infraestruturas estratégicas, como por exemplo o 5G”, disse, a respeito da rede de telefonia de última geração.
Reflexo da evolução da Otan, Coreia do Sul e Japão participam pela primeira vez de uma reunião da organização.
Fonte: AFP.