Estados Unidos e aliados no Oriente Médio, incluindo Israel e Arábia Saudita, estão trabalhando na criação de uma rede de drones aéreos e marítimos para dissuadir e limitar as atividades militares do Irã na região, relata The Wall Street Journal.
Para o próximo verão no Hemisfério Norte, a Marinha dos EUA espera contar com 100 veículos aéreos não tripulados que operariam em uma área desde o canal de Suez, no Egito, até as águas da costa iraniana.
A informação obtida pelos drones seria transmitida a um centro de comando no Bahrein, onde está situada a 5ª Frota dos EUA, aponta o jornal.
Michael Brasseur, que é responsável pelo programa de construção de drones que já está em andamento há seis meses, afirmou que os EUA estão “no auge de uma revolução tecnológica não tripulada”.
Na terça-feira (31), Washington anunciou que um navio de apoio do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) tentou capturar um drone naval norte-americano que operava em águas internacionais do golfo Pérsico.
Após a intervenção de um navio e um helicóptero dos EUA, a embarcação da República Islâmica desconectou o cabo de reboque do drone e saiu da zona quatro horas depois.
De acordo com o porta-voz da frota americana, comandante Timothy Hawkins, o navio-patrulha dos EUA USS Thunderbolt tentou entrar em contato com a embarcação iraniana por rádio para informar que o drone era americano.
Por sua vez, a agência iraniana Tasnim indicou em um artigo que o drone foi libertado por decisão do chefe do navio iraniano. Além disso, destacou-se que a implantação de drones desse tipo poderia causar “acidentes marítimos inesperados devido à possível desconexão de seus sistemas de comunicação para a navegação”.