O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã referiu os sucessos da indústria nuclear nacional, afirmando que eles acontecem apesar das sanções impostas ao país.
O Irã aumentou muito sua capacidade máxima de enriquecimento de urânio desde o começo da indústria nuclear do país, disse no sábado (17) Mohammad Eslami, chefe da Organização de Energia Atômica iraniana, citado pela agência iraniana Tasnim.
Durante uma reunião com legisladores iranianos, ele agradeceu ao parlamento por aprovar a “ação estratégica” a fim de ultrapassar as sanções, implementadas após a saída dos EUA do acordo nuclear do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2018, e salvaguardar os interesses nacionais.
O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã apontou que, com essas medidas, o nível de enriquecimento de urânio aumentou a tal ponto que a capacidade do Irã nesta área é hoje mais do dobro da que o país possuía inicialmente.
Segundo a Tasnim, Eslami também informou que foi elaborado um documento abrangente para o desenvolvimento das indústrias e a criação de capacidades nacionais em várias áreas no país. O desenvolvimento das ciências nucleares, setores como a medicina e a agricultura serão beneficiados com isso, previu.
A geração de energia nuclear trouxe benefícios econômicos consideráveis ao Irã, reduziu o consumo de combustíveis fósseis e evitou danos ambientais, sublinhou Eslami.
Em 3 de dezembro, Mohammad Eslami anunciou que o Irã iniciou a construção de uma nova usina nuclear na região de Khuzestan, no sudoeste do Irã. O custo total da unidade é de cerca de US$ 2 bilhões (R$ 10,43 bilhões), com um prazo de finalização previsto de oito anos.
“Será a primeira usina iraniana a ser projetada por uma empresa francesa”, disse Eslami, que explicou que o grupo responsável pelo projeto o abandonou devido às sanções contra Teerã.