A ameaça de um conflito direto entre a OTAN e a Rússia continuará a persistir, independentemente do resultado da crise ucraniana, disse o presidente do Comitê Militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), almirante Rob Bauer, nesta quinta-feira (19).
“Acho que todos concordamos com o fato de que qualquer que seja o resultado da guerra, os russos provavelmente terão ambições semelhantes. Portanto, ameaça não acabou”, disse Bauer ao ser questionado se persistia a ameaça de um conflito direto entre a OTAN e a Rússia.
Na quarta-feira (18), Konstantin Gavrilov, chefe da delegação russa nas negociações de segurança militar e controle de armas em Viena, disse que o Ocidente colocou a Europa à beira de um conflito militar ao fornecer assistência militar massiva à Ucrânia.
Mais cedo nesta quinta-feira (19), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o país fará todo o possível para que os países da OTAN e da União Europeia (UE) recuperem sua sanidade e renunciem às “ilusões coloniais”.
“Espero que eles caiam em si. Faremos de tudo para que nossos colegas da OTAN e da União Europeia recuperem a sanidade o mais rápido possível”, disse Lavrov.
Os países ocidentais têm aumentado seu apoio militar a Kiev desde o início da operação militar russa na Ucrânia em fevereiro de 2022. Em abril, Moscou enviou uma nota aos Estados-membros da OTAN condenando sua assistência militar a Kiev. Na ocasião, Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas em território ucraniano seria “alvo legítimo” para as forças russas.