Quase 130.000 pessoas estão sujeitas à fome no Chifre da África, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (10).
A agência de saúde da ONU adverte que cerca de 48 milhões de pessoas enfrentam níveis agudos de insegurança alimentar nesta região composta por Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda.
Deste total, 129.000 encontram-se em situação de insegurança alimentar grave, o pior nível, enquanto seis milhões encaram níveis considerados de emergência.
“Eles estão enfrentando a fome e encarando a morte”, diz Liesbeth Aelbrecht, responsável da OMS para a crise de saúde no Chifre da África.
Das 129.000 pessoas, 96.000 vivem na Somália e 33.000 no Sudão do Sul, especificou em uma coletiva de imprensa.
“Estamos vivendo um aumento nos surtos de doenças e o maior nível de crianças desnutridas em anos”, alertou sobre a região que enfrenta surtos de sarampo, cólera, malária, dengue, hepatite E e meningite.
Para Aelbrecht, a frequência destas doenças pode estar associada aos fenômenos climáticos extremos.
“A maior parte da região luta contra a pior seca em 40 anos, enquanto outras áreas sofreram inundações, causando a fome generalizada”, sinalizou.
Por volta de 11,9 milhões de crianças menores de cinco anos podem sofrer de desnutrição aguda ainda em 2023.
A região do Chifre da África é uma das regiões mais expostas e vulneráveis às mudanças climáticas.
Fonte: AFP.