O exército de Israel bombardeou nesta segunda-feira (24) uma posição de um grupo pró-Irã no sul da Síria, perto das Colinas de Golã ocupadas pelo Estado hebreu, o segundo ataque do tipo em poucos dias, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
As “forças terrestres israelenses” bombardearam uma localidade nas proximidades de Quneitra, onde estão posicionados combatentes da Resistência Síria para a Libertação de Golã, informou o OSDH. Não há relatos de vítimas.
O grupo, vinculado ao Hezbollah e apoiado pelo Irã, foi criado para executar ataques na zona ocupada por Israel.
A imprensa estatal síria não noticiou o bombardeio, mas dois meios de comunicação locais próximos ao governo anunciaram uma “agressão israelense” contra os arredores de Quneitra.
O exército israelense bombardeou posições em Quneitra em 18 de abril, de acordo com o OSDH.
No início do mês, durante uma escalada da violência, Israel atacou a Síria após o lançamento de vários foguetes a partir deste país e que atingiram as Colinas de Golã.
A região de 1.200 quilômetros quadrados – vigiada por soldados israelenses e na fronteira com o Líbano – foi tomada da Síria na Guerra dos Seis Dias de 1967.
Israel a anexou posteriormente, uma medida que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
Durante mais de uma década de guerra civil na Síria, Israel efetuou centenas de ataques aéreos contra o país, direcionados principalmente contra as forças apoiadas pelo Irã e os combatentes libaneses do Hezbollah, assim como contra posições do exército sírio.
O exército da Síria recuperou o controle da parte sul de Quneitra em meados de 2018, cinco anos após uma invasão de combatentes rebeldes.
Fonte: AFP.