O fato de o Hezbollah libanês ter estabelecido furtivamente uma pequena presença armada no segmento controlado por Israel do Monte Dov (fazendas Shebaa) veio à tona em uma recente sessão do comitê do Knesset. Acontece que duas tendas foram montadas para abrigar de três a oito homens armados em frente à posição militar de Israel. Fontes da IDF dizem que viram isso acontecendo, mas se abstiveram de responder, preferindo deixar passar por enquanto para não deixar o Hezbollah ganhar elogios por uma provocação bem-sucedida. A diplomacia era o caminho de ação preferido. O Ministério das Relações Exteriores tem trabalhado no problema com contatos internacionais, incluindo discussões com a força interina da ONU que supervisiona a fronteira da “linha azul” entre Israel e o Líbano.
Esta não foi a primeira invasão do Hezbollah. Na semana passada, as tropas israelenses expulsaram seus intrusos com a ajuda de medidas de dispersão de multidões. Mas essa tática não foi repetida quando eles voltaram. O IDF declarou: “O problema é conhecido por nós e está sendo tratado pelas autoridades relevantes”.
Har Dov, ou as fazendas Shebaa, é um pedaço de terra medindo 25 quilômetros quadrados, encravado na junção do sul do Líbano, sudoeste da Síria e norte de Israel. A Síria e o Líbano têm historicamente reivindicações conflitantes sobre o território, cujas fronteiras nunca foram demarcadas. Em 1981, ficou sob a Lei de Golã de Israel.
O IDF não apresentou uma explicação razoável para sua falta de resposta à incursão do Hezbollah, mais de duas semanas depois que suas tendas foram fixadas pela primeira vez em solo israelense.