Prakash* vive na Índia, país onde a Constituição garante liberdade religiosa, mas a realidade mostra outra coisa. Ele se converteu após a esposa ser curada e liberta de espíritos maus que a atormentavam. “No momento da cura, percebi que Jesus é o único e verdadeiro Deus. Por isso decidi dedicar minha vida ao Senhor em tempo integral”, explica. Ele e a esposa deram início a um culto de oração e compartilhavam sobre Jesus. “Pessoas doentes ou possuídas ficavam bem quando orávamos e as famílias aceitavam a Jesus”, conta.
A igreja cresceu rapidamente, o que foi notado por nacionalistas hindus na área. “Um dia, uma adolescente pediu oração e nos chamou para orar na casa dela, mas não sabíamos que era ligada a um grupo extremista. Depois que o culto começou, bateram na porta”, compartilha. Ao abrirem, cerca de 30 pessoas estavam do lado de fora com varas na mão. “Elas gritavam que deveríamos ser queimados vivos e perguntavam: ‘Quanto dinheiro você deu para as famílias que se converteram?’. Tentamos explicar que nunca oferecemos dinheiro, mas foi tudo em vão.”
Quando o pastor e a esposa decidiram ir embora, a multidão os atacou. Batiam neles com varas e a cabeça do pastor Prakash começou a sangrar muito. “Eu pedi ajuda, mas ninguém me ajudou. Os moradores da vila nos agrediam e outras 100 pessoas nos cercavam, assistindo ao ataque. Eu fiquei preocupado, pois os vi arrastando minha esposa e a agredindo. Eu me senti inútil”, explica. Após mais de uma hora de agressão, o grupo os deixou. O casal foi levado ao hospital, onde ficou dias até se recuperar. Apesar disso, o pastor Prakash continua determinado a servir a Jesus: “Foi doloroso ser agredido. Vi sangue por toda parte e achei que morreria, mas o Espírito me fortaleceu”, afirma.
Ajuda para sobreviver
Durante os dois anos da pandemia, parceiros de campo da Portas Abertas foram ao resgate dele. “Eu enfrentei severos desafios financeiros durante a pandemia. Como as igrejas foram fechadas, não tínhamos nenhuma ajuda. Por mais de três meses, não pudemos ministrar em nenhum lugar porque não tínhamos condições de ir.”
Foi nessa época que os parceiros da Portas Abertas o encontraram. “Eles ajudaram no meu sustento ao me oferecer uma loja de roupas. Com isso, passamos a ganhar cerca de seis mil rúpias por mês, o que era suficiente para nós. Economizamos e conseguimos comprar um pequeno veículo.” Por meio das doações, o pastor Prakash recebeu meios não apenas de sobreviver, mas também de ter mais recursos para o ministério, que agora está crescendo, mesmo em meio à perseguição. “Eu gostaria de expressar minha gratidão sincera por essa ajuda inesperada”, compartilha Prakash.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, Prakash explica como a perseguição o tornou uma pessoa melhor e por que ele continuará servindo a Deus mesmo diante da oposição: “Na perseguição, Deus sempre nos ajudou. Ele também a usa para nos ajudar a crescer espiritualmente. Um exemplo é que depois do meu ataque, fui levado a orar pela salvação das pessoas que nos atacaram. Eu servirei ao Senhor mesmo se for perseguido, porque vejo pessoas lutando com suas doenças e desesperanças sem Jesus. A dor delas de viver sem Jesus é maior do que a minha ao enfrentar a perseguição”.
Socorro aos mais perseguidos
Os seguidores de Jesus que vivem nos países mais perigosos para os cristãos, como o pastor Prakash, precisam de ajuda. Responda à perseguição com amor extremo. Sua doação possibilita diversos projetos que apoiam cristãos perseguidos em países onde a perseguição é extrema.