O órgão do governo norte-americano aprovou o envio de itens como projéteis, veículos blindados e peças de reposição para reforçar a capacidade militar de Taiwan.
O Departamento de Estado dos EUA aprovou uma provável venda de armas a Taiwan no valor estimado de US$ 440,2 milhões (R$ 2,11 bilhões), indicou na sexta-feira (30) o portal Defense News.
O maior dos dois acordos, no valor de US$ 332,2 milhões (R$ 1,59 bilhão), é para munições de 30 mm e equipamentos relacionados, especificamente projéteis traçadores incendiários de alto explosivo, projéteis multiuso e de treinamento.
“A venda proposta contribuirá para a manutenção dos veículos blindados CM34 do destinatário, aumentando sua capacidade de enfrentar ameaças atuais e futuras”, diz o comunicado.
O outro acordo, no valor de US$ 108 milhões (R$ 517,3 milhões), é para “uma Ordem de Vendas Militares Estrangeiras II (FMSO II [na sigla em inglês]) do Acordo de Apoio Logístico Cooperativo (CLSSA [na sigla em inglês]) para apoiar a compra de peças de reposição e de reparo para veículos com rodas, armas e outros elementos relacionados de apoio ao programa”.
As vendas atendem aos “interesses nacionais, econômicos e de segurança dos EUA, apoiando os esforços contínuos do destinatário para modernizar suas Forças Armadas e manter uma capacidade defensiva confiável“, disse um porta-voz do Departamento de Estado. Segundo ele, os contratos também ajudam a “melhorar a segurança do beneficiário e auxiliam na manutenção da estabilidade política, do equilíbrio militar e do progresso econômico na região”.
As principais montadoras são a Alliant Techsystems Operations e a General Dynamics Ordnance. A venda de armamentos ocorre em meio às tensões entre os EUA e a China em torno de questões como chips, balões de suposta espionagem, direitos de navegação em torno do estreito de Taiwan, além do próprio Taiwan.
Os EUA têm armado Taiwan ao longo das décadas, na esperança de impedir um ataque militar da China. Pequim, por sua vez, sublinha que Taiwan é uma província renegada que um dia se reunificará com o resto do território chinês.