Os rebeldes do Níger alegaram que os militares franceses atacaram a Guarda Nacional e violaram o espaço aéreo do país.
“Hoje (9), às 06h30 da manhã [horário local], as posições da Guarda Nacional do Níger […] foram atacadas […]. As ações das forças francesas foram condenadas por libertar unilateralmente os terroristas detidos“, disse o representante dos rebeldes, Amadou Abdramane.
Além disso, segundo os rebeldes, de manhã, as forças francesas pegaram um avião militar da capital do Chade, N’Djamena, que violou o espaço aéreo do Níger sem se comunicar com as autoridades de aviação do país.
Por isso, o Conselho Nacional de Segurança da Pátria, formado após o golpe militar, ordenou aumentar o nível de ameaça.
O prepresentante não forneceu detalhes do acontecido, nem das mortes ou baixas. Ele também pediu à população para permanecer vigilante.
Anteriormente (7), a CNN informou que as Forças Armadas do Níger haviam enviado reforços para a capital, Niamey, para se preparar para uma possível intervenção militar. Segundo a RFI, a intervenção pode envolver militares de Nigéria, Senegal, Benin e Costa do Marfim.
Em julho (27), em um comunicado aos moradores do Níger, um grupo de militares anunciou o fim do governo do presidente Mohamed Bazoum. A afirmação deles se deu horas após o palácio presidencial ter sido cercado. Os militares justificaram a derrubada de Bazoum afirmando que durante seu governo a situação ao redor da segurança no país piorou, assim como a economia e o bem-estar social.
Anteriormente, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu uma semana para que Níger restituísse no poder o presidente Mohamed Bazoum. Caso contrário, segundo disse o presidente da comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, o órgão usaria a força para restaurar a ordem constitucional. O ultimato expirou no domingo (6).
Por sua vez, o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, afirmou que a União Europeia “apoiará todos os esforços da CEDEAO para resolver a situação”. Ao mesmo tempo, Bruxelas espera negociações, mas os rebeldes recusaram-se a receber a delegação da CEDEAO.