A Serra Leoa disse na sexta-feira que iria abrir uma embaixada em Jerusalém, tornando a nação da África Ocidental a sexta a comprometer-se a basear a sua missão diplomática na capital israelita.
O anúncio veio em uma declaração do presidente Julius Maada Bio, após uma conversa na quinta-feira com o ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen.
“Discutiram as relações calorosas entre os dois países que remontam a 1961, quando a Serra Leoa conquistou a independência. Como parte dos esforços para fortalecer o relacionamento entre as duas nações, Sua Excelência o Presidente Bio expressou a disponibilidade do seu governo para estabelecer uma Embaixada da Serra Leoa em Jerusalém, capital do Estado de Israel”, disse o comunicado.
Atualmente, os EUA, a Guatemala, as Honduras e o Kosovo têm embaixadas em Jerusalém, enquanto o Paraguai anunciou na semana passada que reabriria a sua embaixada também lá. Israel vê as medidas como um reforço da sua reivindicação da cidade como sua capital, embora a maioria dos países estrangeiros situem as suas embaixadas em ou nos arredores de Tel Aviv.
Cohen saudou a mudança.
“Fiquei satisfeito ao ouvir do presidente da Serra Leoa as suas intenções de abrir uma embaixada em Jerusalém”, disse Cohen.
“Continuamos a colocar Jerusalém, a nossa capital eterna, à frente do programa diplomático do Estado de Israel”, disse ele, acrescentando que uma nação não identificada da região Ásia-Pacífico também abriria uma embaixada em Jerusalém em setembro.
Israel e Serra Leoa estabeleceram relações diplomáticas em 1961, mas foram suspensas em 1973 – juntamente com várias outras nações africanas – após a Guerra do Yom Kippur.
Os laços foram restabelecidos em 1992. Israel não tem embaixada em Serra Leoa, mas é representado pelo Embaixador em Gana.
Israel considera Jerusalém como a sua capital, incluindo Jerusalém Oriental, que anexou em 1980. A medida não foi reconhecida pela maior parte da comunidade internacional, que afirma que as fronteiras finais da cidade devem ser decididas em negociações com os palestinianos. Israel ainda mantém relações com quase 100 países, mas quase todos mantiveram as suas embaixadas em Tel Aviv.
