Centenas de apoiantes da junta militar que governa o Níger após o golpe de Estado no final de julho reuniram-se este sábado perto de uma base militar francesa localizada na capital, Niamey.
Os manifestantes ameaçaram invadir as instalações se as tropas francesas não abandonassem o território do país no prazo de uma semana. Até agora, Paris recusou-se a retirar o contingente a pedido dos golpistas, mostrando o seu apoio ao presidente deposto, Mohamed Bazoum, com quem fechou acordos para o envio de soldados franceses.
“Daremos a eles um prazo de 10 dias. No dia em que terminar o prazo, entraremos na base deles. É verdade que haverá mortes, mas o mais importante para nós é que eles saiam, nosso país é mais importante que nossas vidas”, declarou um dos manifestantes , segundo gravação divulgada nas redes sociais.
Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Níger também anunciou que ordenou ao embaixador francês, Sylvain Itte , que abandonasse o território do país. Segundo comunicado ministerial, o diplomata tem 48 horas para deixar o Níger. Por seu lado, o governo francês afirmou que os “conspiradores golpistas no Níger não têm autoridade” para pedir ao seu embaixador em Niamey que deixe o país.
Entretanto, a junta militar do Níger ordenou esta sexta-feira colocar as Forças Armadas do país em estado de alerta máximo. Anteriormente, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) informou que as suas tropas estão prontas para intervir no Níger a qualquer momento.