O Ministério da Defesa de Taiwan pediu à China nesta segunda-feira que interrompa sua “ação destrutiva e unilateral” após relatar um aumento acentuado nas atividades militares chinesas perto da ilha, alertando que tal comportamento poderia levar a uma disparada nas tensões.
A China, que considera Taiwan como seu próprio território, tem realizado regularmente nos últimos anos exercícios militares nas proximidades da ilha, buscando afirmar suas reivindicações de soberania e pressionar Taipé.
O ministério disse que, desde domingo, havia avistado 103 aeronaves militares chinesas sobre o mar, um número que chamou de “alta recente”.
Seu mapa das atividades chinesas nas últimas 24 horas mostrou caças cruzando a linha mediana do Estreito de Taiwan, que servia como uma barreira não oficial entre os dois lados até que a China começou a cruzá-la regularmente há um ano.
Outras aeronaves voaram ao sul de Taiwan através do Canal Bashi, que separa a ilha das Filipinas.
As atividades da China no último dia causaram “sérios desafios” à segurança no estreito e na região, disse o ministério em uma declaração anexa.
A paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são responsabilidades comuns de todas as partes da região, acrescentou.
“O assédio militar contínuo das forças armadas comunistas pode facilmente levar a um aumento acentuado das tensões e piorar a segurança regional”, afirmou o ministério. “Pedimos às autoridades de Pequim que assumam a responsabilidade e parem imediatamente com essas ações unilaterais destrutivas.”
O Ministério da Defesa da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Além da incursão da força aérea perto de Taiwan no fim de semana, a China também enviou na semana passada mais de 100 navios de guerra para exercícios na região, inclusive nas águas estratégicas do Mar do Sul da China e na costa nordeste de Taiwan, disse à Reuters uma autoridade de segurança regional.
A autoridade, que não quis ser identificada devido à sensibilidade do assunto, afirmou que a atividade pressionou todos na região e chamou a escala dos exercícios navais de “a maior em anos”.
Fonte: Reuters.