Os ataques do Hamas contra Israel neste sábado (7) ocorrem um dia após os 50 anos da Guerra de 1973, que quase levou o país a uma derrota. A Guerra do Yom Kippur, como foi chamada, começou com um ataque dos vizinhos árabes, liderados pelo Egito e Síria, contra Israel.
O nome “Yom Kippur” refere-se ao Dia do Perdão, um importante feriado judaico. Em 1973, ele foi comemorado em 6 de outubro (quando começaram os ataques). Em 2023, o dia mais sagrado para os judeus foi celebrado entre 24 e 25 de setembro, já que segue o calendário lunar.
O que foi a guerra do Yom Kippur
No início do Yom Kippur, em 6 de outubro de 1973, forças egípcias e sírias lançaram ataques-surpresa coordenados contra Israel. O Egito atacou a Península do Sinai e conseguiu recuperar parte do território que estava sob controle israelense. A Síria lançou ataques nas Colinas de Golã e conseguiu avançar.
Os egípcios e os sírios queriam recuperar os dois territórios, tomados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967.
O exército de Israel estava despreparado e com muitos soldados de licença. Vários líderes de Israel lutaram na guerra quando eram jovens, incluindo o primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu e o antigo primeiro-ministro do Partido Trabalhista Ehud Barak.
Inicialmente, o país teve dificuldades de conter os ataques árabes. Mas conseguiu se organizar e começou a lançar contra-ataques.
Estados Unidos e União Soviética entraram no conflito para evitar uma escalada. A pressão internacional levou a um cessar-fogo em 25 de outubro de 1973. A Guerra de Yom Kippur resultou em um alto número de baixas em ambos os lados e causou uma grande comoção internacional.
Mais de 2.600 israelenses foram mortos. Por outro lado, não são conhecidos números exatos de vítimas, mas as estimativas chegam a 15 mil egípcios e 3.500 sírios mortos.
Cinco anos depois, Israel assinou um acordo de paz com o Egito, o primeiro com um país árabe, e o Acordo de Desengajamento de Forças de 1974, entre Israel e a Síria.
Fonte: G1.