O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, em discurso transmitido à nação pela televisão, que o exército do país usará “toda sua força para destruir o Hamas” após um ataque do grupo deixar ao menos 250 mortos e 1.400 feridos. Na contraofensiva de Israel, jornais locais da Faixa de Gaza dizem que mais de 200 palestinos foram mortos, enquanto 1.610 ficaram feridos.
O que acontece.
Netanyahu prometeu atacar o grupo em todos os lugares que eles estiverem, afirmando que usará “todo o poder” do exército israelense para cumprir essa promessa, mesmo que isso “leve tempo”. O Hamas é uma organização política e militar que opera principalmente nos territórios palestinos, especialmente na Faixa de Gaza, e tem como objetivo a busca de um Estado palestino independente.
O político determinou que todas as pessoas que moram na Faixa de Gaza saiam do local agora “porque iremos operar em todos os lados com força total”. No discurso, o primeiro-ministro disse ainda que todos os lugares em que o Hamas se esconde serão transformados “em ruínas”.
O primeiro-ministro definiu os ataques como algo “nunca antes visto em Israel” e declarou que “isso nunca mais acontecerá”. Para o político, o Hamas começou uma guerra cruel e maligna, visando civis inocentes.
“Venceremos esta guerra, mas o preço será insuportavelmente alto. Este é um dia muito difícil para todos nós”, disse Netanyahu, acrescentando que o Hamas quer matar e “massacrar” o povo israelense.
Sobre cidadãos e militares israelenses que segundo Israel foram sequestrados e levados para a Faixa de Gaza, Netanyahu falou que o Hamas é o “responsável pelo bem-estar e segurança” dos seus cidadãos e “Israel acertará as contas com qualquer um que os prejudique”.
No discurso, Netanyahu também prestou condolências às “famílias enlutadas, cujos entes queridos foram assassinados hoje a sangue frio e com crueldade sem fim. Todos rezamos também pela paz dos feridos e por todos aqueles que estão sendo feitos reféns”.
O primeiro-ministro também agradeceu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao presidente da França, Emmanuel Macron, ao primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e a outros líderes mundiais que prestaram apoio a Israel neste momento.
Mais cedo, Netanyahu disse que o seu país “está em guerra contra o Hamas” e que o “inimigo pagará um preço que nunca conheceu”.
As Forças de Defesa de Israel usarão imediatamente todo o seu poder para destruir as capacidades do Hamas. Vamos combatê-los até o fim e vingar este dia em que conspiraram contra Israel e o seu povo. (…) Esta guerra vai levar tempo. Ela vai ser dura. Dias desafiadores ainda estão pela frente. Mas uma coisa eu posso garantir: com Deus, com a força de todos nós, com a fé de sempre, sempre venceremos.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Os ataques
Um bombardeio contra Israel hoje deixou ao menos 250 mortos e 1.400 pessoas feridas, segundo serviços de emergência israelenses citados pela imprensa local. O início da ofensiva ocorreu às 6h (0h de Brasília) deste sábado (7).
O grupo islâmico Hamas assumiu a autoria do ataque. Na contraofensiva de Israel, jornais locais da Faixa de Gaza dizem que mais de 200 palestinos foram mortos, enquanto 1.610 ficaram feridos;
O comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, informou que 5.000 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza. Sirenes de alerta de bombardeios soaram no sul e no centro de Israel, inclusive em Jerusalém.
“Vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”, informaram os militares de Israel sobre o ataque de homens armados, que teriam atirado em pedestres.
Netanyahu acrescentou que decidiu convocar reservistas e pediu aos cidadãos israelenses que sigam as instruções de segurança.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o grupo islâmico palestino lançou uma “guerra” contra Israel. “Cometeu um grave erro”, afirmou.
Este é o incidente mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de dez dias em 2021.
O ataque ocorre no momento em que Israel marca o festival judaico de Simchat Torá, celebrando a conclusão do ciclo anual de leituras públicas da Torá.
Fonte: UOL.