A Coreia do Norte reserva-se o direito de lançar um ataque preventivo às forças estratégicas dos Estados Unidos que estão sendo transferidas para a Coreia do Sul, informou na sexta-feira (20) a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
A mídia noticiou no início desta semana que um bombardeiro B-52 com capacidade nuclear dos EUA pousou em uma base aérea na Coreia do Sul na terça-feira (17) pela primeira vez desde que começou a treinar com a força aérea coreana em dezembro passado.
Após o pouso, a mídia sul-coreana informou, citando fontes familiarizadas com o assunto, que Seul, Washington e Tóquio realizarão seu primeiro exercício aéreo conjunto perto da península coreana em 22 de outubro, que também incluirá “um voo de formação com o B-52 escoltando caças dos três países”.
Quaisquer meios estratégicos dos EUA implantados na Coreia do Sul se tornará “o primeiro alvo a ser destruído“, afirmou a reportagem, acrescentando que Washington “está bem ciente de que a península coreana está tecnicamente em guerra“.
“Já se foi o tempo em que o direito ao ataque preventivo era um ‘monopólio’ dos EUA”, informou a mídia estatal.
Pyongyang também acredita que os exercícios conjuntos planejados para 22 de outubro são “os movimentos intencionais de provocação da guerra nuclear dos EUA”.
Na semana passada, o porta-aviões norte-americano de propulsão nuclear USS Ronald Reagan e o seu grupo de batalha chegaram ao maior porto marítimo sul-coreano de Busan, provocando críticas da Coreia do Norte, que descreveu a escala como uma provocação militar.
O Norte argumenta que o acúmulo de recursos nucleares na península está desestabilizando a região.