O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou nesta terça-feira, 24, que a guerra Israel-Hamas corre o risco de transbordar para outras nações do Oriente Médio, enquanto os ataques escalam na região. Na reunião mensal do Conselho de Segurança da ONU, ele reforçou os pedidos para um cessar-fogo humanitário para fornecer suprimentos vitais para a Faixa de Gaza que, frente ao “cerco total” de Tel Aviv, relata a falta de combustível, energia, medicamentos e água.
O chefe da ONU apelou, ainda, para que ambos os lados “recuem antes que a violência ceife ainda mais vidas e se espalhe ainda mais”, destacando que a ampliação da guerra para um conflito regional pode “ultrapassar” as convenções internacionais de Genebra.
Guterres apontou que o sofrimento dos palestinos não justificam “os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro”, quando o grupo palestino disparou ao menos 2.500 foguetes contra Israel e matou 1.400 pessoas. Ele também exigiu a libertação de todos os reféns – segundo o governo israelense, os combatentes sequestraram 220 pessoas. Na última semana, duas americanas e duas israelenses foram soltas e resgatadas na passagem de Rafah.
Em contrapartida, o secretário-geral criticou Tel Aviv, dizendo que “esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestino”.
Segundo informações da agência de notícias Associated Press, os Estados Unidos estão pressionando o Conselho de Segurança da ONU a adotar uma resolução que ateste o direito de defesa de Israel e condene as ações do Hamas.
Um rascunho do texto, obtido pela AP, mostra que a proposta demanda a libertação imediata dos cativos e invocar o respeito às leis internacionais sobre a condução da guerra. O texto também insta países de todo o globo a evitar a ampliação do confronto.
Fonte: Veja.