Moscou admite a possibilidade de que o envolvimento da OTAN no conflito no Oriente Médio se manifestará caso os EUA precisem “legitimar” suas ações, declarou à Sputnik Aleksandr Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.
“Neste momento a OTAN não é um jogador que quer passar para o primeiro plano nesta questão. Provavelmente, o fator da OTAN pode se manifestar se os EUA precisarem legitimar suas ações ou sua posição”, disse Grushko.
Ao mesmo tempo, ele observou que a Rússia e a OTAN “não têm quaisquer contatos”, inclusive sobre o conflito no Oriente Médio.
“Mas o principal fator ocidental no Oriente Médio são os EUA. Os EUA, quando precisam, nunca pedem permissão aos seus aliados. Por exemplo, a guerra no Iraque – dois países da OTAN se opunham categoricamente [à operação dos EUA]. Mas quando os EUA precisam de ‘legitimação’ de suas ações – quanto mais países as apoiam, mas legítima parece – eles recorrem ao apoio dos aliados, ou tentam obtê-lo, às vezes impondo à força sua vontade”, concluiu Grushko.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, nesta quinta-feira (2), um projeto de lei de ajuda à segurança de US$ 14,3 bilhões (R$ 70 bilhões) para Israel.