Um estudo da Sociedade Alemã de Política Internacional, um think-tank, aponta que países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Europa têm apenas entre cinco e nove anos “para se preparar” para responder a um possível ataque da Rússia.
Segundo o estudo, a Rússia já desenvolveu uma economia de guerra, com uma capacidade militar que é “maior do que parece”.
Veja quais seriam os principais alvos do país liderado por Vladimir Putin após a guerra na Ucrânia:
Antigos integrantes da URSS
Países que não integram a Otan ou a União Europeia são apontados como os mais vulneráveis. Moldávia e Geórgia, vizinhos da Ucrânia e da própria Rússia, respectivamente, estariam entre os territórios ameaçados, segundo analistas ocidentais ouvidos pela Associated Press. Ambos faziam parte da antiga União Soviética.
Bósnia e Kosovo, que ficam na região dos Bálcãs, também estariam na mira. Eles poderiam ser atingidos com a ajuda da Sérvia, aliada de Moscou.
Membros da Otan
Até mesmo membros da Otan estariam ameaçados. Estônia, Letônia e Lituânia seriam os mais vulneráveis, por causa da proximidade geográfica.
Não necessariamente o ataque seria apenas militar. De acordo com a AP, o avanço sobre esses países poderia incluir a tentativa de desestabilização política nesses locais.
Poder da antiga URSS
Um dos desejos de Vladimir Putin é restaurar o status de potência global que a URSS tinha antes de ser desfeita, em 1991.
O legado do ex-ditador Josef Stalin tem sido utilizado por Putin em seus avanços expansionistas. Ele também faz referências ao que seria a “Grande Rússia” —ou seja, uma influente potência mundial— e evoca o patriotismo entre os cidadãos.
Stalin foi uma figura importante na história soviética e, na opinião de Putin, fez do país uma potência relevante no cenário mundial –e é exatamente isso o que o atual presidente deseja fazer com a Rússia.
Mohsin Hashim, professor de política russa da Muhlenberg College (EUA), em entrevista à BBC em 2022.
Fonte: UOL.