Home Arqueologia BíblicaEncontrado em Jerusalém o provável sineta do profeta Isaías

Encontrado em Jerusalém o provável sineta do profeta Isaías

por Últimos Acontecimentos
755 Visualizações

22 de fevereiro de 2018.

As descobertas arqueológicas em Israel e na sua capital Jerusalém continuam não só a revelar coisas importantíssimas que comprovam a veracidade dos relatos bíblicos, como a própria e indiscutível ligação do povo judeu à sua Terra e à sua capital eterna, Jerusalém! 

Uma proeminente arqueóloga israelita da Universidade Hebraica, a dra. Eilat Mazar, anunciou esta semana a sua descoberta de um sinete onde consta gravado o nome hebraico de Isaías que, segundo ela, poderá muito bem ter pertencido ao famoso profeta bíblico Isaías. 

A ser verdade, esta será uma descoberta fantástica e única, de proporções verdadeiramente bíblicas.  

“Acontece que descobrimos um sinete que poderá ter pertencido ao profeta Isaías, numa escavação arqueológica científica. O nome Isaías está claro” – afirmou a conceituada arqueóloga responsável pela descoberta. 

“O sinete de barro mostra na sua parte inferior um cordeiro, um motivo de bênção e de proteção achado em Judá, particularmente em Jerusalém” – escreveu ontem a dra. Mazar na revista“Arqueologia Bíblica.”

INCERTEZA 

Não se sabe no entanto ao certo se o sinete pertenceu de fato ao profeta Isaías, uma vez que permanece incerto se uma letra poderá ou não estar a faltar. 

A gravação no sinete de barro reza assim: “leyesha’yah(u)”, em letras hebraicas antigas, que significa:“(pertencente) a Isaías.” As três letras hebraicas nun, vav, e yud também aparecem. Depois da letra yud, o canto do sinete está quebrado, levantando a questão se as três letras eram seguidas de uma quarta, aleph, completando a palavra navi (profeta). Em alternativa, o espaço em falta também poderia estar vazio, sem letras nenhumas. 

Sem esse canto quebrado confirmando a existência ou a ausência da letra aleph, não se pode assegurar com toda a segurança que o sinete tenha pertencido ao profeta do Antigo Testamento. 

Se no entanto isto puder ser confirmado, será a primeira vez que se terá encontrado um artefacto directamente ligado a um profeta bíblico. 

Este sinete foi encontrado a cerca de 3 metros de onde, em 2015, a dra. Mazar encontrou um outro artefato semelhante a este, pertencendo ao rei Ezequias, que reinou em Judá entre 727 e 698 a.C. 

“É bem conhecida a estreita ligação entre o rei e o profeta” – afirmou a arqueóloga, acrescentando:“Encontrar um sinete do profeta Isaías perto do do rei Ezequias não seria de todo improvável. Não seria a primeira vez que sinetes de duas personagens bíblicas foram encontrados a curta distância um do outro.” 

A dra. Mazar referia-se a dois sinetes pertencentes a Jucal, filho de Selenias, e a Pasur, filho de Malaquias (Yehukhal ben Shelemiyahu ben Shovi e Gedaliyahu ben Pashur), ambos altos oficiais na corte do rei Ezequias – Jeremias 38:1. Os respectivos sinetes foram achados em 2005, na Cidade de David, a escassos metros um do outro. A arqueóloga assinalou que ambos os nomes estão mencionados no mesmo versículo bíblico: “Ouviram pois Sefatias, filho de Matã, e Gedalias, filho de Pasur, e Jucal, filho de Selemias, e Pasur, filho de Malquias, as palavras que anunciava Jeremias a todo o povo” – Jeremias 38:1.  

Este tipo de sinete não era usado pelas pessoas comuns, pelo que simboliza a elevada posição de uma pessoa na sociedade. 

“Um sinete não era uma coisa comum pertencente a gente normal” – explicou a dra. Mazar, acrescentando: “Pessoas importantes que necessitavam de um sinete tinham-no para selar documentos ou lacrar pacotes. Nenhuma outra personagem era tão próxima ao rei Ezequias como o profeta Isaías, pelo que se torna óbvio assumir que ele seria possuidor deste sinete. Se assim for, isto prova que ele possuía um estatuto elevado.” 

O verso do selo revela a gravação de tecido. A dra. Mazar sugere que o tecido possa ter pertencido a um pacote que o profeta estaria enviando, marcando-o com o seu próprio selo (sinete). A arqueóloga sugeriu ainda uma intrigante e significativa possibilidade daquilo que o pacote poderia conter: 

“Isto é uma reminiscência da história do profeta Isaías curando o rei Ezequias através de uma pasta de figos” – imaginou Mazar, apontando para uma narrativa bíblica: “E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará.” – Isaías 38:21.  

“Talvez ele tenha colhido figos especiais selecionados para o rei e posto um selo para que ninguém lhes tocasse” – especulou a arqueóloga, acrescentando no entanto: “Nós não sabemos, mas há muitas possibilidades.

O que se torna ainda mais interessante é a marca de um dedo visível no barro, talvez do próprio profeta Isaías. 

RELAÇÃO COM A BÍBLIA 

Ainda que não se declare religiosa, a dra. Mazar utiliza a Bíblia como recurso para as suas pesquisas: 

“Procuro a realidade por detrás das histórias, visto que a realidade está claramente escrita aqui (na Bíblia). Mas a Bíblia deve ser examinada segundo as provas arqueológicas” – vincou a arqueóloga, acrescentando: 

“Fui educada na arqueologia a relacionar-me com a Bíblia como a mais importante fonte histórica, a examiná-la e a reexaminá-la.” 

Fonte: Shalom, Israel!

Postagens Relacionadas

Deixe um comentário