Previsão divulgada pelo Ministério da Saúde do Brasil aponta que há possibilidade de uma epidemia de dengue em 2024 nos estados da região Centro-Oeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste. Além disso, deve ser registrado um potencial muito alto para casos de dengue no Paraná.
Já no Nordeste, os casos devem aumentar, mas abaixo do limite epidêmico, e os números ficam dentro da média nas demais partes do Brasil.
“Temos muitas pessoas que, por uma situação menor, não tiveram a doença — principalmente crianças e idosos. São os grupos que mais nos preocupam”, avaliou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, à Agência Brasil.
Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) também mostraram números preocupantes sobre a presença do mosquito transmissor da doença: dos 4.976 municípios analisados, 1.506 possuem classificação de alerta para infestação do mosquito (30,2% do total).
Além disso, em 189 cidades brasileiras (3,7% do total) a infestação do transmissor da dengue é de alto risco, e o restante dos municípios (3.281 ou 65,9%) obteve classificação satisfatória.
Maioria dos criadouros está nos domicílios
De acordo com o Ministério da Saúde, quase 75% dos criadouros de Aedes aegypti estavam dentro dos domicílios este ano, principalmente pratos de plantas, materiais de construção, recipientes de degelo de geladeiras e até fontes ornamentais.
O levantamento aponta ainda que depósitos de água — como tambores, caixas d’água ou cisternas — aparecem como o segundo maior foco de dengue, com 22% do total, seguido por depósitos de pneus e lixo, com 22%. A pesquisa acontece anualmente por amostragem de imóveis e criadouros do mosquito.