Ex-primeiro ministro de Israel, atual membro do conselho de guerra e integrante do governo emergencial, Benny Gantz afirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) vão expulsar as forças xiitas do Hezbollah da fronteira do Líbano se as autoridades libanesas ou outros países não o fizerem.
A fala de Benny Gantz vem em consonância com a recente declaração de Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das FDI, que, também nesta quarta-feira (27), afirmou que o Exército israelense está em “alerta máximo” na fronteira com o Líbano, pronto para atacar caso seja necessário.
“A situação no norte de Israel deve mudar. O tempo está se esgotando para se chegar a um acordo político“, disse Gantz, segundo o jornal israelense Haaretz.
“Se o mundo e o governo libanês não colocarem fim ao bombardeamento das áreas povoadas do norte do território libanês e não tomarem medidas para retirar as forças do Hezbollah da fronteira, então as FDI o farão.”
Especialistas já haviam previsto a disposição de Israel para, caso não houvesse uma resposta firme do restante do mundo sobre os bombardeios em Gaza e ao Hamas, voltarem os olhos para o norte e atacarem o Hezbollah.
A divisão entre Israel e o Líbano é incerta. Não há uma fronteira oficial. Em vez disso, a divisa é demarcada pela Linha Azul da Organização das Nações Unidas (ONU). Criada em 2000, ela foi criada com o objetivo de confirmar a retirada das tropas israelenses do território libanês.
Atualmente há uma missão de paz da ONU na região, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, em inglês), que trabalha com ajuda humanitária à população local e auxiliando as Forças Armadas do Líbano a se estabelecerem na região.
Contudo, após décadas de guerra civil, conflitos no Oriente Médio, protestos populares e um caos econômico, a maior força militar e política na região é o Hezbollah, que tem lançado ataques tímidos contra Israel.