Depois de a Rússia ter lançado a maior salva de drones e projéteis contra a Ucrânia desde o início do conflito, em 29 de dezembro, o assessor do comando da Força Aérea Ucraniana, Yuri Ignat, destacou as capacidades do míssil de cruzeiro Kh-22, que as Forças Armadas do seu país sempre foram incapazes de interceptar.
O representante do comando da Força Aérea Ucraniana afirmou que, desde a escalada do conflito na Ucrânia, as forças russas dispararam cerca de 300 mísseis Kh-22 e Kh-32 — uma variante modernizada desenvolvida pela Rússia e produzida através da modernização da fuselagem dos soviéticos — fabricou projéteis – contra alvos de guerra ucranianos. A defesa antiaérea ucraniana não conseguiu interceptar nenhum, enfatizou Yuri Ignat.
“Insisto que é impossível abater o Kh-22 com os meios que temos em nosso arsenal”, declarou Ignat, destacando como motivo a enorme velocidade do míssil.
A classe Kh-22 Burya (Storm) entrou em serviço pela primeira vez em 1962 e ainda tem poucos rivais no mundo em termos de desempenho. Os mísseis foram projetados para atingir alvos marítimos e eram capazes de romper a defesa antiaérea dos grupos de ataque de porta-aviões da Marinha dos EUA. Eles conseguiram realizar tais tarefas através de trajetórias irregulares e uma velocidade próxima à hipersônica, de Mach 4,6.
O Kh-22 permitiu que os bombardeiros Tu-22M neutralizassem navios de guerra a grandes distâncias e foram produzidos em enormes números. A frota de bombardeiros soviéticos contava com centenas de unidades. A Rússia expandiu a sua capacidade de produção de múltiplas classes de mísseis balísticos e de cruzeiro para níveis várias vezes superiores aos registrados antes de 2022.