O presidente turco condenou as ações recentes de Washington e Londres no Oriente Médio. Segundo ele, os EUA e seus aliados estão “usando essa força desproporcional da mesma forma na Palestina e no Irã”.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, condenou na sexta-feira (12) os ataques ocidentais contra as posições dos houthis em várias cidades do Iêmen.
“Neste momento, eles estão tentando transformar o mar Vermelho em um mar de sangue e o Iêmen, com os houthis, e usando toda a sua força, dizem que darão a resposta necessária na região aos Estados Unidos, ao Reino Unido”, disse Erdogan.
“Tudo o que foi feito é um uso desproporcional da força”, continuou ele.
Erdogan reiterou que “os EUA e Israel estão atualmente usando essa força desproporcional da mesma forma na Palestina e no Irã”, que, segundo ele, já está “estudando como pode se proteger contra tudo isso”.
Ancara está acompanhando de perto os acontecimentos no Iêmen e está recebendo notícias diferentes de várias fontes, disse Erdogan.
“Ouvimos de diferentes canais que os houthis fizeram defesas muito bem-sucedidas e responderam com sucesso tanto aos EUA quanto ao Reino Unido”, sublinhou.
Os Estados Unidos lançaram ataques contra o Iêmen mobilizando aeronaves do porta-aviões USS Eisenhower, um submarino da classe Ohio, um cruzador e destróieres, conforme anunciado por um alto funcionário do Pentágono em coletiva de imprensa fechada aos repórteres.
O ataque conjunto envolveu também aliados britânicos, visando 28 “locais” no Iêmen. Cada um desses locais, segundo o funcionário do Pentágono, continha diversos alvos ligados, de alguma forma, a ataques a navios internacionais.
O segundo ataque, executado durante a noite de sexta-feira (12), “terá uma resposta firme, forte e eficaz”, disse Nasruldeen Amer, porta-voz dos houthis, acrescentando que não houve feridos nem “danos materiais”.
Os houthis dizem que a sua campanha marítima, a qual está em curso desde outubro, visa apoiar os palestinos sob cerco e ataque israelense na Faixa de Gaza. Na sexta-feira (12), centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Sanaa, a capital do Iêmen, entoando slogans denunciando Israel e os EUA.