O Brasil é líder nas ocorrências de dengue no mundo, com 2,9 milhões de pessoas acometidas pela doença no ano passado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A organização chamou atenção para o agravamento da crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambientes onde antes sucumbia. No Brasil, um levantamento feito pela plataforma AdaptaBrasil mostrou que as mudanças climáticas podem levar à proliferação de vetores, como o Aedes aegypti, e ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Como se preparar para esse quadro? Qual é o peso dele sobre o sistema público de saúde?
Para entender melhor esse cenário, Thaiana de Oliveira e Maurício Bastos conversam com Christovam Barcellos, pesquisador do Observatório de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e Antônio Bandeira, infectologista e membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).