A mídia norte-americana indicou detalhes de um provável plano dos EUA para responder ao que dizem ser forças iranianas que têm atacado as norte-americanas, com três baixas recentes.
Joe Biden, presidente dos EUA, aprovou planos para ataques de vários dias no Iraque e na Síria contra vários alvos, incluindo pessoal e instalações iranianas, de acordo com funcionários dos EUA citados na quinta-feira (1º) pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ).
Biden declarou o Irã responsável pelo ataque com drones contra as forças dos EUA na Síria no último fim de semana, que matou três militares americanos.
Segundo o jornal, a resposta que deve começar já neste fim de semana, será “escalonada”, misturando ações militares com outras medidas que podem ser ajustadas para sinalizar que Washington não busca uma escalada maior.
O objetivo, segundo as autoridades dos EUA, é fazer com que o Irã e seus representantes reduzam seus ataques na região, ao mesmo tempo que a Casa Branca e seus aliados buscam negociações para um cessar-fogo entre o Hamas e Israel, que eles esperam que diminua as tensões.
De acordo com analistas citados pelo WSJ, ao sinalizar sua intenção bem antes de qualquer ataque, a Casa Branca pode dar ao Irã tempo para reposicionar pessoal e equipamentos, limitando a eficácia da operação. Ao mesmo tempo, nota a mídia, isso também pode diminuir a pressão sobre Teerã para que responda.
Teerã insiste que não ordenou o recente ataque e advertiu que represálias dos EUA contra o território do Irã levariam a uma retaliação.
A emissora norte-americana CBS News, por sua vez, indicou que os ataques planejados dos EUA serão provavelmente limitados pelas condições climáticas, devido aos norte-americanos preferirem ter melhor visibilidade para reduzir o risco de atingir civis inadvertidamente.
“Responderemos onde escolhermos, quando escolhermos e como escolhermos”, justificou na quinta-feira (1º) Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, durante uma coletiva de imprensa, o atraso na resposta militar.
“Acho que todos reconhecem o desafio associado à garantia de que responsabilizaremos as pessoas certas”, disse.
Ele disse que não existe uma “fórmula definida para fazer isso”.
“Há maneiras de gerir isso para que não saia do controle, e esse tem sido nosso foco durante todo o tempo”, garantiu Austin.