Os Estados Unidos atacaram nesta sexta-feira (2) locais na Síria e no Iraque que são usados pela Guarda Revolucionária do Irã (IRGC, em inglês).
Em um comunicado, os militares americanos afirmaram que os alvos foram os seguintes:
- Centros de comando e controle.
- Armazéns de foguetes, mísseis e drones.
- Centros logísticos.
- Locais de distribuição de munição
Foram mais de 85 alvos no total.
Trata-se de uma retaliação por um ataque de milícias ligadas ao Irã que, no domingo (27), atacaram uma base americana e mataram três soldados americanos e feriram outros 40.
Em nota, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou os ataques. “Nesta tarde, sob minha orientação, as forças militares dos EUA atacaram alvos em instalações no Iraque e na Síria que o IRGC e milícias afiliadas utilizam para atacar as forças americanas. Nossa resposta começou hoje e continuará em momentos e lugares de nossa escolha”, disse.
Biden ainda reforçou que os Estados Unidos não buscam conflito com o Irã no Oriente Médio, e afirmou: “todos aqueles que possam buscar nos prejudicar, saibam disto: se você ferir um americano, nós responderemos”.
Até a última atualização desta reportagem, o governo do Irã não se pronunciou aos ataques dos EUA desta sexta. Porém, o governo iraniano afirmou nesta quarta-feira (31) que irá revidar qualquer ataque feito pelo país norte-americano.
Nesta sexta-feira, o presidente Joe Biden e líderes militares dos EUA haviam participado de uma cerimônia para receber os restos mortais dos três soldados mortos na Jordânia.
Esses ataques desta sexta-feira provavelmente são os primeiros de uma série. Desta vez, nenhum dos alvos era em território iraniano. Há uma preocupação com a possibilidade de uma piora generalizada dos conflitos no Oriente Médio, que é palco da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas desde 7 de outubro de 2023. Entenda como os conflitos estão interligados entre si.
Veículos de imprensa da Síria afirmaram que os locais atingidos ficam em áreas de deserto do país, e que há pessoas atingidas.
Iraque considera ataques como “violação de soberania”
O Iraque condenou os ataques dos EUA e os considerou “uma violação de soberania” que pode desencadear mais instabilidade no Oriente Médio, segundo o porta-voz militar iraquiano, Yehia Rasul.
“Estes ataques aéreos constituem uma violação da soberania iraquiana, minam os esforços do governo iraquiano e representam uma ameaça que poderia levar o Iraque e a região a consequências graves”, declarou o porta-voz militar iraquiano, Yehia Rasul, em comunicado.
Fonte: G1.