De acordo com o expressado numa entrevista realizada ontem ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, a operação terrestre de Israel na Faixa de Gaza está à beira de um grande avanço que levará ao fim da guerra numa questão de semanas.
Nessa entrevista à cadeia de TV norte-americana, Netanyahu defendeu a planeada operação terrestre de Israel na cidade de Rafah, no Sul de Gaza, apesar dos avisos da administração de Joe Biden e da pressão das Nações Unidas para que tal intervenção não venha a ter efeito.
A cidade de Rafah, na fronteira com o Egipto, é o último bastião do Hamas na Faixa de Gaza. Israel tem evitado até agora uma intervenção devido ao facto de ali estarem concentrados mais de 1 milhão de civis palestinianos e a proximidade com o Egipto. Desde o início da intervenção israelita na Faixa de Gaza, a população de Rafah passou dos 180 mil para mais de 1,4 milhões, devido à fuga de muitos civis do Norte do centro do enclave.
Netanyahu continua a defender a intervenção em Rafah, afirmando que a mesma determinará o início do fim do actual conflito. A prioridade de Israel neste conflito é, segundo Netanyahu, a destruição total do Hamas, e, no seu entender, a vitória final sobre o grupo terrorista em Rafah será conseguida numa questão de semanas: “A vitória está à vista, e ela só é possível com a derrota do Hamas.”
“Assim que iniciarmos a operação em Rafah, a fase intensa da luta estará a semanas de ser completada, não meses” – afirmou o primeiro-ministro, acrescentando: “Já destruímos 18 dos 24 batalhões dos terroristas do Hamas. Quatro delas estão concentradas em Rafah. Não podemos deixar esse último bastião do Hamas sem acabarmos com ele, e obviamente teremos de o fazer.”
“Visto que o nosso objectivo é a vitória total, ela está ao nosso alcance. Não a meses, mas a semanas logo que iniciarmos a operação.”
Segundo Netanyahu, Israel planeia evacuar os residentes em Rafah da cidade para o interior Norte do enclave, assegurando a sua segurança durante a operação.
Para o primeiro-ministro israelita, as actuais conversações visando a libertação dos reféns não irão interferir com a intervenção prevista para Rafah.