Se os soldados da OTAN entrarem em território ucraniano para ajudar o regime de Kiev, estalaria a Terceira Guerra Mundial, alertou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, numa entrevista transmitida esta sexta-feira, comentando as recentes declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron.
Chamando de “ameaçadoras” as palavras de Macron sobre a possibilidade de tomar este passo, Szijjarto disse: “Se soldados europeus ou americanos entrarem em território ucraniano, isso significará que cruzamos uma linha vermelha dentro da OTAN”. Ele observou que neste caso haverá um confronto direto entre a Aliança e a Rússia, o que “significaria [o início da] Terceira Guerra Mundial”.
“A única maneira de evitar uma nova catástrofe”
Expressou também preocupação com a possível utilização de armas nucleares no conflito, referindo-se ao fato de a Polónia ter recentemente oferecido o seu território para a implantação de armas nucleares americanas. Neste sentido, sublinhou que, se fosse tomada a decisão de utilizar tais armas, isso causaria o “fim do mundo”.
Além disso, observou que a situação na Ucrânia só está a piorar, acrescentando que em vez de pensar em enviar soldados da OTAN ou em usar armas nucleares, “devemos declarar um cessar-fogo e iniciar negociações de paz” para “acabar com esta guerra”. “É a única maneira de evitar uma nova catástrofe”, disse ele.
Anteriormente, numa entrevista publicada na quinta-feira, Macron sustentou que um contingente militar ocidental poderia ser enviado para território ucraniano se o Exército Russo conseguisse “romper a frente” e se Kiev fizesse um pedido nesse sentido. Indicou que a possibilidade de aplicação desta medida não deveria ser excluída «a priori».