O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou, nesta segunda-feira (27), o ataque de Israel ao campo de refugiados de Rafah, que deixou pelo menos 45 mortos.
O que aconteceu
Guterres acusou Israel de matar civis inocentes. O chefe da ONU diz que as pessoas que foram mortas devido ao ataque israelense buscavam apenas refúgio e pediu para o conflito na região parasse imediatamente.
Condeno as ações de Israel, que mataram dezenas de civis inocentes que apenas procuravam abrigo neste conflito mortal. Não há lugar seguro em Gaza. Este horror deve parar.
António Guterres, em uma publicação nas redes sociais
Ataque de Israel deixou 45 mortos em Rafah
Ataque aéreo matou mulheres e crianças no domingo (26). Segundo a Defesa Civil de Gaza, administrada pelo grupo extremista Hamas, o bombardeio deixou ainda 65 feridos. A maioria das vítimas era de mulheres e crianças. Desde o início da guerra, já são 36.050 mortos e 81.026 feridos, segundo o Ministério da Saúde local.
Local havia sido definido por Israel como zona humanitária. A informação é do Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária que faz parte do movimento internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Cerca de 100 mil pessoas estão abrigadas no acampamento, segundo a Defesa Civil.
Alvo era um acampamento do Hamas em Rafah, diz Israel. O governo alega que os alvos eram legítimos e que o ataque respeitou o direito internacional. Em nota, o Exército de Israel disse “estar ciente de relatórios” que indicam que, como resultado do ataque e do incêndio causado por ele, vários civis da região ficaram feridos. “O incidente está sob análise”, completou.
Palestina diz que “não há áreas seguras em Gaza”
Ministério classificou o ataque como um “massacre hediondo”. Pasta também acusou o governo israelense de mentir ao dizer que existem áreas seguras na Faixa de Gaza.
Governo fala em genocídio e condena bombardeio de Israel. Em nota, o ministério disse que o ataque a Rafah deixou “dezenas de mortos” cujos corpos foram “despedaçados” em meio ao bombardeio e aos incêndios causados por ele.
“O Ministério considera este crime como uma nova prova que confirma que a guerra declarada de Israel é contra os civis”, completou.
Não há áreas seguras em Gaza, segundo o governo palestino. O Ministério das Relações Exteriores ainda fez um apelo aos países que apoiam Israel a “colocarem a mão na consciência”, pararem de “obstruir o movimento internacional para acabar com a guerra genocida contra o nosso povo” e apoiarem a criação de um Estado palestino.
Fonte: UOL.