Cerca de 1.300 pessoas perderam a vida durante o Hajj, a peregrinação a Meca deste ano, informou o ministro da Saúde da Arábia Saudita, Fahd al Yalayel, neste domingo (23) em meio à onda de calor que o país enfrenta.
“Durante o Hajj, 1.301 peregrinos morreram, mais de 83% deles não foram registrados”, ou seja, não tinham autorização oficial para participar da peregrinação, disse Al Yalayel à televisão estatal saudita Al Ekhbariya.
O ministro explicou que 95 peregrinos sem autorização continuam sendo tratados em centros médicos do reino. O calor extremo que atinge o Oriente Médio acontece em meio a um dos principais eventos do calendário muçulmano: a peregrinação anual a Meca, conhecida como Hajj, atraiu cerca de 1,8 milhão de peregrinos.
No total, durante o Hajj, os médicos sauditas prestaram atendimento médico de emergência a cerca de 30 mil pessoas, acrescentou Al Yalayel. Nos últimos dias, os termômetros chegaram a registrar mais de 50 ºC em Meca, na Arábia Saudita.
A peregrinação a Meca, a cidade mais sagrada do Islã, é um dos cinco pilares da religião islâmica, caminho realizado pelo profeta Maomé há cerca de 1.400 anos.
Na comparação com o ano passado, as mortes em decorrência do calor cresceram quase seis vezes: em 2023 foram registrados pelo menos 240 óbitos durante a peregrinação.
Região de deserto, Meca é uma das localidades mais quentes do mundo e chega a registrar temperaturas de 51,8 ºC durante o verão. A cidade é considerada a mais sagrada do Islã. Para amenizar o calor, a Grande Mesquita e o entorno contam com nebulizadores e, ainda, guardas que borrifam água nos fiéis.
Conforme a religião muçulmana, um fiel deve realizar ao menos uma vez na vida a peregrinação a Meca, desde que tenha condições de fazê-la.