Esta visita do primeiro-ministro israelita a Washington está rodeada num clima de grande tensão, não só pela crise que se vive hoje nos EUA, com a desistência de Biden à corrida presidencial, a ascensão da extremista de esquerda Kamala Harris e o atentado contra Trump, mas também pela contestação à sua visita por facções da esquerda norte-americana e das próprias famílias dos reféns ainda detidos em Gaza.
A preocupação é tão grande na capital norte-americana, que as ruas de acesso ao Senado foram bloqueadas e até mesmo os acessos à cidade através de blocos de cimento, a a polícia local está a receber reforços das cidades vizinhas.
O esperado discurso de Netanyahu numa sessão conjunta do Senado norte-americano está a despertar uma grande expectativa, ao mesmo tempo que preocupação com as manifestações de centenas de pessoas até mesmo junto ao hotel onde Netanyahu se encontra alojado com a sua esposa Sarah. Os manifestantes chamam criminoso de guerra a Netanyahu e alegam que ele deveria ser preso. Como se isso já não bastasse, estão também planeados protestos pelos familiares dos reféns norte-americanos em Gaza e outros mesmos que vieram de Israel para exigir a Netanyahu que feche o acordo para a libertação dos reféns, algo que ele continua teimosamente a adiar, mesmo custando a vida dos ainda sobreviventes nas cavernas subterrâneas de Gaza.
Centenas de manifestantes anti-Israel estão a juntar-se desde esta manhã a cerca de 500 metros do Capitólio onde Netanyahu discursará pelas 16H00 locais, apelando à Intifada e vociferando que “a resistência é justificada quando o povo está em ocupação.”
A vice-presidente candidata à presidência Kamala Harris não estará presente no Senado, alegando questões de agenda…
Durante o dia de amanhã o primeiro-ministro irá reunir-se com o presidente Joe Biden e ainda com a vice-presidente Kamala Harris, deslocando-se depois à Florida para um encontro na Sexta-Feira com o ex-presidente Donald Trump.
JOGOS OLÍMPICOS
Mais de 1000 polícias estarão presentes no jogo de futebol entre a equipa de Israel e do Mali, que decorrerá estas noite sob fortes medidas de segurança face aos muitos protestos contra a própria participação dos atletas israelitas nas olimpíadas.
À sua chegada a Paris esta manhã, o presidente israelita Herzog e a sua comitiva ficou retido dentro do avião durante 40 minutos por questões de segurança. Os palestinianos tinham exigido ao presidente francês Macron e ao presidente do comité olímpico internacional que barrassem a entrada dos atletas israelitas na competição, tendo ambos rejeitado tal aberração. O que é irónico, é serem os promotores do terrorismo a quererem impedir a participação de um estado soberano que eles decidiram atacar…