Estes dois dias (ontem e hoje) ficarão para sempre marcados na História dos movimentos terroristas palestinos: esta madrugada, Ismail Haniyeh, o líder principal do Hamas que vivia rodeado de todo o conforto, luxo e segurança no Qatar, foi abatido na sua residência em Teerã. A autoria foi imediatamente atribuída a Israel, que entretanto se tem mantido silencioso.
Este criminoso liderou as forças terroristas do Hamas na Faixa de Gaza entre 2014 e 2017 antes de entrar em exílio, e tem vivido no Qatar desde então, fazendo uso deste estado do Golfo como centro das operações para a direção das atividades do grupo terrorista.
Na altura da sua morte, o bandido encontrava-se em Teerã para assistir à tomada de posse do novo presidente do Irã, Masour Pekeshkian, tendo-se encontrado ainda ontem com o ayatollah Ali Khamenei, o líder supremo do regime ditatorial do Irã, e também com o chefe da Jihad Islâmica Palestiniana, o criminoso Ziyad al-Nakhalah. Mal ele sabia que poucas horas depois seria despachado para o “paraíso das 72 virgens”…
REAÇÕES
A morte deste grande terrorista tem provocado uma onda de indignação e solidariedade por todo o mundo apoiante do terrorismo, especialmente o mundo islâmico, desde a Turquia ao Irão, da Rússia à China, e ameaças de vingança pelo próprio Hamas e o regime iraniano, cujo líder prometeu “punir o regime sionista.” Mahmoud Abbas, o líder da Autoridade Palestina já veio também condenar o “assassinato covarde e perigoso” de Haniyeh. Os palestinianos que vivem em Israel já convocaram entretanto uma greve geral em solidariedade com a morte do principal líder do Hamas. O Egito já veio também condenar a morte de Haniyeh, alegando que isso “vai minar as conversações para o cessar fogo”, acrescentando que se trata de “uma perigosa escalada” que pode inflamar a região.
O gabinete de segurança israelita liderado por Netanyahu irá entretanto reunir-se para abordar a situação actual e as medidas a tomar após a morte destes dois importantes líderes terroristas.
NÚMERO DOIS DO HEZBOLLAH ABATIDO ONTEM EM BEIRUTE
Fuad Shukr, considerado por Israel como o oficial mais graduado do grupo terrorista Hezbollah, e braço direito do seu líder Hassan Nasrallah, acusado por Israel de ser o responsável pelo hediondo ataque com mísseis que assassinou 12 crianças druzas nos Montes Golan, quando no passado Sábado jogavam futebol, foi ontem abatido no coração de Beirute, capital do Líbano, por meio de um ataque israelita que abriu um enorme buraco no lado de um prédio com 8 andares onde o criminoso se encontrava. A morte de Fuad foi inicialmente desmentida, mas posteriormente confirmada. O local atingido é um verdadeiro bastião do grupo terrorista, na zona suburbana a sul de Beirute.
O ataque foi efectuado por jactos israelitas, pelas 19H40 locais, tendo-se na altura ouvido uma enorme explosão em Beirute.
Fuad Shukr era o cérebro militar do Hezbollah no Líbano, dirigindo praticamente todos os ataques diários contra Israel. Ele era o comandante militar de maior relevo do Hezbollah, e desde há muito procurado pelos Estados Unidos, que ofereciam 5 milhões de dólares por informações a seu respeito. Fuad foi o responsável pelo ataque aos quartéis que em 1983 albergavam os marines norte-americanos em Beirute, e que deixou 241 mortos. Era considerado o “braço direito” do líder do Hezbollah.
Pouco depois deste bem sucedido ataque israelita, o ministro da Defesa Yoav Gallant escreveu na sua rede social que o Hezbollah havia “ultrapassado a linha vermelha.” Israel havia prometido uma forte resposta ao hediondo massacre das 12 crianças no passado Sábado. Ainda que não querendo uma guerra generalizada, o porta-voz das IDF afirmou que Israel “está bem preparado para a mesma.”
Com estas duas mortes de tão altos membros dos dois principais grupos terroristas, Israel provou ao mundo que nada o poderá deter no seu direito de fazer pagar um alto preço pelo crimes cometidos contra o povo israelita. Por outro lado, o clima já de si elevado, tornou-se mais vulnerável e perigo para toda aquela região. Esperemos que os inimigos de Israel se fiquem pela retórica…