Em uma avaliação anual de ameaças enviada aos legisladores taiwaneses nesta sexta-feira (30) o Ministério da Defesa de Taiwan disse que Pequim continua aprimorando habilidades como operações de comando conjunto.
Mas sublinhou que a China não tem capacidade para invadir a ilha “totalmente”, uma vez que não possui o equipamento necessário, disse o documento visto pela Reuters.
A China “ainda não possui totalmente as capacidades formais de combate para uma invasão abrangente de Taiwan […]. No entanto, o uso de táticas e estratégias contra Taiwan ainda é limitado pelo ambiente geográfico natural do estreito de Taiwan e pela insuficiência de equipamentos de desembarque e capacidades logísticas”, afirmou o relatório.
O documento também ressalta que Pequim tem outras opções para ameaçar Taipé, como inspecionar navios de carga estrangeiros, ao mesmo tempo que sinalizou a aceleração e o desenvolvimento de uma série de novas armas chinesas, como o bombardeiro H-20 e mísseis hipersônicos, e aumentando o número de ogivas nucleares, enquanto testa novas táticas.
O Ministério da Defesa da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (29), o porta-voz da Defesa, Wu Qian, disse que “quanto mais eles [Taiwan] provocam, mais rápido eles perecem“.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os Estados Unidos.