“Estamos reunidos hoje em uma atmosfera de vitória divina”, disse o chefe do Hezbollah, Naim Qassem, em um discurso televisionado na sexta-feira, acrescentando que a “vitória” alcançada é maior do que a de 2006.
“Nós vencemos porque impedimos o inimigo de destruir o Hezbollah, impedimos que acabassem com a resistência e os derrotamos porque o inimigo foi forçado a justificar o acordo”, disse Qassem.
Um dos sinais da derrota de Israel é “a imagem do retorno do nosso povo e a ausência dos colonos do lado oposto”, disse ele, referindo-se aos evacuados israelenses que não retornaram para suas casas.
“Israel esperava atingir seus objetivos em pouco tempo após atacar o sistema de comando e as capacidades”, disse Qassem, aludindo ao ataque de pager realizado por Israel em setembro.
“O Hezbollah conseguiu se manter firme nas linhas de frente e começou a atacar a frente interna do inimigo, o que colocou a situação em uma posição defensiva significativa”, ele continuou.
Acordos de cessar-fogo
Qassem também discutiu os arranjos de cessar-fogo em seu discurso, dizendo que haverá “coordenação de alto nível” entre o exército libanês e o Hezbollah para implementar o acordo. “Aprovamos o acordo de cabeça erguida”, ele acrescentou.
Ele enfatizou que o ponto principal do acordo era a retirada dos militares israelenses de todas as partes do sul do Líbano abaixo do Rio Litani.
“Para aqueles que apostaram que o Hezbollah seria enfraquecido, sua aposta falhou”, disse ele.